A pista de Imola, na Itália, recebe neste final de semana a primeira etapa europeia de 2025, o Grande Prêmio da Emilia-Romagna, e com isso o transporte rodoviário assume a cena. Mas não para por aí: nas próximas duas semanas, ainda tem Mônaco e Espanha pela frente, aumentando a complexidade. Três Grandes Prêmios em finais de semana consecutivos era algo raro, mas agora é o pão nosso de cada dia. Ian Stone, diretor de logística e transporte da Fórmula 1, comentou em uma entrevista: ‘Nos velhos tempos, nunca fazíamos corridas em sequência, tudo era planejado em torno de eventos únicos. Agora temos dois conjuntos de infraestrutura-chave: o ETC [Centro de Tecnologia de Eventos], cabeamento, rede de fibra ótica e a estrutura dos boxes. E avançamos com uma equipe A e B.’ Para Imola, uma equipe foi enviada na última quinta-feira, começando a montagem. Eles ficarão até depois da corrida, enquanto a outra equipe estará em Mônaco, e então a equipe de Imola seguirá diretamente para a Espanha. Há equipamentos caros que não dá para ter em duplicidade, então temos caminhões prioritários que estarão na estrada à meia-noite para chegar na hora do almoço de segunda-feira. Nosso prazo é estar pronto para um teste completo com a FIA às 14h de quinta-feira, e isso é inegociável. Apesar da quantidade de equipamentos — que a Fórmula 1 estima em cerca de 1.200 toneladas por corrida e que deve crescer em 2026 com a chegada da Cadillac — e do calendário expandido, os responsáveis pelo campeonato dizem que estão gerindo a logística de acordo com suas ambições de sustentabilidade e Net Zero 2030. Em vez de caminhões queimando combustível a torto e a direito, a ideia é dar um passo além na eficiência energética. Não dá para ignorar: a logística virou um verdadeiro quebra-cabeça para as equipes e seus engenheiros, que não dormem no ponto. Enquanto os fãs aguardam ansiosos pelos roncos dos motores, nos bastidores a dança das engrenagens não para. O desafio é grande, mas a Fórmula 1 nunca foge de uma boa disputa.
Logística de corridas europeias da Fórmula 1 em 2025 desafia equipes e engrenagens
